sexta-feira, 14 de junho de 2013

Glaucoma: a doença ocular que pode provocar perda de visão

O Glaucoma é uma doença causada, essencialmente, pelo aumento da pressão intra-ocular (PIO) que gera lesões no nervo óptico. No entanto, pessoas que possuem níveis de PIO considerados normais também podem desenvolver a doença. Motivo pelo qual estudos estão em andamento.

Segundo dados do site “Dr. Visão”, o nível de pressão intra-ocular considerado normal varia entre 14 a 16 milímetros de mercúrio (mmHg). Acima de 22 mmHg é considerado suspeito ou anormal. O aumento de PIO é causado por um bloqueio no escoamento do humor aquoso, fluido que preenche o olho.

O glaucomatoso perde progressivamente a capacidade de enxergar e, se não receber tratamento com antecedência, pode ficar cego. A Organização Mundial da Saúde estima que 4,5 milhões de pessoas possam adquirir cegueira em decorrência do glaucoma primário. O número representa doze por cento na soma de todos os casos de cegueira no mundo. Por isso, os especialistas recomendam visitas ao oftalmologista anualmente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem preservar a visão.

Evolução do Glaucoma: a perda da capacidade visual inicia nas zonas periféricas do campo de visão.
Crédito da foto: Site Instituto de Olhos Renato Ambrósio.
O site “Dê uma olhada nisso – Cuidado com o Glaucoma” elenca, em matéria sobre o assunto, os indivíduos pertencentes ao grupo de risco. São eles:

- Os indivíduos com mais de 40 anos, pois o risco aumenta após essa faixa etária;
- Os negros, pois possuem maior predisposição para adquirir a doença em idade inferior à média do restante da população;
- As pessoas com grau de miopia acima de seis;
- Os diabéticos e
- As pessoas que sofreram trauma ocular ou doenças intra-oculares.

O glaucoma pode se manifestar de formas diferentes. Por isso, há uma designação específica para cada tipo da doença.

- Glaucoma Crônico de Ângulo Aberto: É o tipo mais freqüente. Ocorre em 80% dos casos. Não costuma apresentar sintomas.

- Glaucoma Agudo de Ângulo Fechado: Neste caso, a pressão intra-ocular se eleva muito e repentinamente. Apresenta dores intensas, embaçamento visual, olho vermelho, náuseas e vômito. Além disso, o indivíduo pode perder a visão de forma irreversível em pouco tempo. É, portanto, considerado uma emergência oftalmológica que necessita de tratamento imediato.

- Glaucoma de Pressão Normal: Também não costuma apresentar sintomas. Ocorre em pessoas com níveis normais de pressão intra-ocular. O site “Dê uma olhada nisso – Cuidado com o Glaucoma” salienta que, geralmente, a doença progride lentamente sem que o indivíduo perceba a diminuição na capacidade visual.

- Glaucoma Secundário: Pode surgir como uma complicação oriunda de cirurgias oculares, cataratas avançadas, lesões oculares e uveítes (inflamações oculares). Além disso, o uso indiscriminado de corticóides (medicamentos para o tratamento de inflamações) também pode desencadear a doença.

- Glaucoma Congênito: Quando o bebê nasce com a doença ou a desenvolve nos primeiros anos de vida. O pediatra oferecerá o diagnóstico correto. Alguns sintomas são olhos embaçados, sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, globo ocular aumentado e córnea grande e opaca.

No site do doutor Dráuzio Varella, há uma entrevista com Dr. Alberto Betinjane. Ele é médico oftalmologista e chefe do setor de Glaucoma Congênito do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Dentre os vários aspectos da doença levantados na conversa, Varella o questiona a respeito do tratamento.

O oftalmologista diz que a primeira indicação, após o diagnóstico definido por profissional, são os colírios. “As doses iniciais de colírios costumam ser mais brandas para avaliar até que ponto a pessoa reage à sua aplicação. Às vezes, porém, associam-se duas ou três medicações diferentes para baixar a pressão a níveis que consideramos ideais para aquela pessoa em particular. É a chamada pressão-alvo, que varia de uma pessoa para outra”, diz o médico.

Além disso, segundo o Dr. Betinjane, em último caso, pode-se recorrer à cirurgia. “Porque a cirurgia implica sempre algum risco, tanto no pré-operatório quanto no pós-operatório tardio e, muitas vezes, não traz os resultados esperados. Por isso, evitamos o procedimento cirúrgico desde que a doença seja controlada por meios clínicos e não cause prejuízo para a qualidade de vida do paciente”, explica o especialista.


Postado por Fabricia B.

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